Sunday, June 07, 2009

Cultivo de uvas


Cultivo de uvas teoria e pratica

A videira é uma planta pertencente à família Vitaceae, cujas principais cultivares comerciais estão no gênero Vitis. Acompanha o homem desde os primórdios das civilizações, tendo sido os fósseis mais antigos encontrados na atual Groenlândia e regiões da mesma latitude norte.
O imigrante italiano, afeiçoado à viticultura por tradição e por vocação, obrigatoriamente viria a cultivar a videira em sua terra, como já o haviam feito os imigrantes que se estabeleceram em outras regiões da América e da Ásia. O colono italiano, recém chegado em 1875, ainda não tinha as mudas de videiras para iniciar o cultivo nas terras que foi desbravando, em substituição às florestas que foram derrubadas. Foi somente ao descer a serra para São Sebastião do Caí e Montenegro para levar seus produtos e buscar suprimentos que tomou contato com as videiras (variedade Isabel) que os agricultores alemães cultivavam há algum tempo para seu próprio consumo.


O uso de reguladores de crescimento em viticultura já vem sendo utilizado ao longo de muitos anos, associados ou não a outras práticas culturais. Essas substâncias, quando aplicadas exogenamente podem atuar de maneira diferenciada sobre os órgãos da videira e os seus efeitos variam com os seguintes fatores: concentração, modo de aplicação, variedades, estádio do ciclo vegetativo e condições ambientais. Dentre eles, merecem destaque, nas condições tropicais semi-áridas: cianamida hidrogenada, ácido giberélico e ethephon.
1. Cianamida Hidrogenada
A cianamida hidrogenada é utilizada para quebrar a dormência e induzir uma brotação uniforme das gemas. Em regiões tropicais, as temperaturas elevadas ao longo do ano não atendem às necessidades de frio requeridas pela espécie, conduzindo as plantas de videira a um crescimento vegetativo contínuo. As plantas não apresentam fase de repouso hibernal ou dormência, prevalecendo, por ocasião da poda, a dominância apical com a brotação das gemas da extremidade dos ramos, enquanto as demais gemas apresentam brotação fraca e desuniforme. Por este motivo, as concentrações de cianamida hidrogenada recomendadas para essas regiões são maiores que aquelas utilizadas em vinhedos de regiões de clima temperado. Segundo Albuquerque & Vieira (1987), no Submédio do Vale do São Francisco a utilização do produto comercial dormexÒ na cv. Itália, na concentração de 7%, promoveu um aumento de 125% na percentagem de gemas brotadas, 93% no número de cachos e 70% na produtividade, sem alterar as características químicas da uva. Este produto encontra-se disponível na forma aquosa estabilizada e contém 49% de princípio ativo. Deve ser aplicado até 48 horas após a poda, na concentração de 7% em períodos de temperaturas amenas (meses de maio a agosto - temperatura média de 25,4ºC, no Submédio do Vale do São Francisco) e 5% em períodos quentes (meses de setembro a abril - temperatura média de 27,6°C). Podem ser utilizados três sistemas para aplicação: pulverização de todos os ramos da planta, pincelamento das gemas ou imersão das varas em um recipiente cilíndrico contendo a solução. Contudo, devido a possibilidade de disseminação de doenças de uma planta para outra, o método mais recomendado é a pulverização das varas.
2. Ethephon
O ethephon é um substrato do etileno que tem sido utilizado em viticultura, com as seguintes funções: desenvolver coloração em variedades de cor, acelerar a maturação do fruto como consequência da elevação dos sólidos solúveis totais (ºBrix) e redução da acidez, induzir a abcissão de folhas e frutos, controlar o excessivo vigor vegetativo, aumentar a viabilidade das gemas, reduzir a dominância apical, estimular o enraizamento de estacas e a germinação de sementes (Szyjewicz et al, 1984).
O ethephon atua sobre os pigmentos de antocianina da película das bagas em uvas de cor, aumentando a intensidade e a uniformidade da coloração, o que é de grande importância para variedades com pigmentação fraca e desuniforme, como ocorre com as variedades Red Globe e Piratininga, principalmente, nos períodos mais quentes e em áreas sombreadas. A produção de cachos com coloração uniforme é característica da variedade e constitui um dos aspectos visuais que determina a atratividade dos frutos para comercialização. Com este objetivo, o ethephon é aplicado através de pulverizações dirigidas sobre os cachos no início da maturação ou mudança de coloração das bagas (“veraison”), sendo que a concentração ideal varia de acordo com a variedade. No Submédio do Vale do São Francisco, o ethephon, aplicado nas concentrações de 100 e 400 mg/L na cv. Red Globe, não influenciou o teor de sólidos solúveis totais, mas promoveu redução significativa na acidez titulável. Não foram observados efeitos sobre o tamanho de bagas. Entretanto, o ethephon induziu uma melhoria na coloração da uva (Souza Leão & Assis, 1999).
Resultados semelhantes foram obtidos na variedade Crimson Seedless, pela aplicação de1,2 l/ha de ethephon durante a mudança de cor das bagas (Dokoozlian et al., 1994).
Com o objetivo de quebrar a dormência e induzir a brotação das gemas, o ethephon deve ser pulverizado na concentração de 8.000 mg/L, 10 a 13 dias antes da poda. O ethephon apresentou resultados inferiores à cianamida hidrogenada com relação ao aumento de gemas brotadas (Albuquerque & Sobral, 1989; Pires et al., 1988).
Entretanto, quando o ethephon foi aplicado conjuntamente com a cianamida hidrogenada potencializou o efeito desta. Aplicações sucessivas de ethephon podem causar o aumento de fertilidade das gemas e estimular a brotação das gemas da madeira velha, evitando que os ramos produtivos se afastem do centro da planta.
3. Ácido giberélico
São muitos os efeitos do ácido giberélico em viticultura. Estes variam de acordo com a época de aplicação e as concentrações utilizadas, sendo que as variedades podem responder de forma diferenciada ao mesmo tratamento. Entre os principais efeitos do ácido giberélico estão: a) aumento do tamanho de bagas, especialmente em variedades sem sementes; b) formação de bagas partenocárpicas; c) promoção da abcissão, reduzindo o número de bagas por cacho; d) alongamento da ráquis e pedicelos, que aumentam de comprimento, propiciando a formação de cachos menos compactos; e) aumento do número de bagas verdes não desenvolvidas ou inviáveis, sendo que o aspecto das bagas de tamanho normal pode ser modificado, assumindo forma alongada; f) antecipação da maturação dos frutos.
No Submédio do Vale do São Francisco, o ácido giberélico é utilizado na variedade Itália na concentração de 3 mg/L, mediante pulverização ou imersão dos cachos antes da floração, quando estes apresentam cerca de 2 a 3 cm de comprimento e os botões florais ainda não estão individualizados para promover um alongamento da ráquis ou engaço. O ácido giberélico nas doses de 30 a 60 mg/L, também é aplicado na fase de frutificação (“chumbinho a ervilha”) antes e após a realização do raleio de bagas para promover o aumento do tamanho das mesmas. Os efeitos do ácido giberélico sobre o tamanho das bagas são mais significativos em variedades sem sementes. As variedades respondem de forma diferenciada aos tratamentos com ácido giberélico, sendo que aquelas variedades cujas bagas são muito pequenas, tais como a Crimson Seedless, Perlette, Thompson Seedless e Catalunha são mais exigentes e requerem concentrações mais elevadas que a variedade Superior Seedless (Festival). Na variedade Superior Seedless são suficientes apenas duas aplicações de ácido giberélico, sendo a primeira delas numa concentração de 1 mg/L, quando a inflorescência apresenta cerca de 2 a 3 cm (fase de “buchinha”), e a segunda aplicação na fase de “chumbinho” a “ervilha”, em concentrações de 20 a 30 mg/L.
O ácido giberélico não é translocado no interior do cacho, uma vez que apenas as partes tratadas do cacho respondem ao produto. Sendo assim, o maior aumento no tamanho de bagas é obtido quando os cachos são pulverizados ou imersos em soluções de ácido giberélico. A giberelina absorvida pelas folhas tem efeito reduzido sobre o aumento do fruto (Weaver & McCune, 1959). Além disso, a giberelina aplicada em área foliar total não é recomendada pois pode favorecer a redução da fertilidade de gemas.
PLANTIO – há dois períodos indicados. Se a muda for um enxerto de raiz nua, a melhor época é de julho a agosto. Se for muda de torrão, pode ser feito em qualquer época, desde que seja possível irrigar. Caso contrário, a época recomendada ao cultivo é de outubro a dezembro. Como a planta é trepadeira, indica-se montar um caramanchão para dar suporte ao de senvolvimento da parreira.
ADUBAÇÃO – como há orientações específicas de adubação, procure um profissional especializado. O solo deve ser areno-argiloso, fértil, bem drenado, com pH na faixa de cinco a seis, e declividade inferior a 20%.
ESPAÇAMENTO – os mais usados vão de 2 x 2 metros até 3 x 3 metros. Mas variam conforme a cultivar, porta-enxerto, sistema de condução, condições de clima e solo e manejo.
TRATOS – a videira precisa de podas de formação e de produção. A de formação é executada desde o plantio da muda até a planta ganhar o tamanho e o formato desejados. A poda serve para manter o equilíbrio entre o vigor da vegetação e a frutificação. Faça todos os anos, quando a planta estiver no período de repouso (inverno), ou quando surgirem as primeiras brotações nas pontas dos ramos.
AMBIENTE – evite cultivar as videiras em locais sujeitos a ventos fortes, ou use quebra-ventos. A planta apresenta boa adaptação em regiões com temperaturas de 15 a 30 graus. Recomendam- se locais com muita luz do período da florada até a maturação das uvas. Dependendo de clima e tempo, a videira precisa de 500 a 1,2 mil mililitros de chuva.
REPOUSO – as condições locais de plantio precisam contar com temperaturas baixas nas regiões de clima subtropical e temperado, e pouca chuva em regiões de clima tropical semiárido. São ideais para a indução do repouso hibernal das videiras, necessário para obter desenvolvimento adequado das gemas, crescimento vegetativo vigoroso e boa frutificação.
PRODUÇÃO – da poda à colheita, o plantio demora de 85 a 200 dias. O que determina o período são a intensidade luminosa e a temperatura. Indica-se a irrigação para garantir maior produtividade e qualidade.
As mudas de videiras européias (Vitis vinifera) podem ser adquiridas em viveiristas ou preparadas na propriedade pelo processo de enxertia.
Aquisição da muda pronta
É imprescindível que se adquira as mudas de viveirista credenciado e regularmente fiscalizado pela Secretaria da Agricultura, onde deve-se ter a segurança da identidade do porta-enxerto e da cultivar enxertada e da sanidade das mudas. A obtenção de mudas sem estes cuidados pode comprometer a viabilidade econômica do empreendimento, pela introdução na propriedade de focos de doenças e pragas de difícil controle. As mudas adquiridas devem ser de raiz nua e bem lavadas de forma que se possa observar a presença de pragas como a "pérola-da-terra" e outros sintomas como engrossamento, nódulos, escurecimento e necroses causados por patógenos de solo. As mudas devem ter o sistema radicular bem formado, no mínimo, com três raízes principais e comprimento acima de 20 cm, com o calo do enxerto formado em toda circunferência da enxertia, sem fendas ou engrossamento excessivo. Além disso, deve-se ter a segurança de que as mudas se originaram de material propagativo certificado ou fiscalizado, sem a presença de viroses e outras doenças não possíveis de constatar-se no momento da aquisição das mudas.
Formação da muda na propriedade
Mudas de Vitis vinifera (uvas européias), obrigatoriamente devem ser formadas por enxertia, pois estas cultivares são muito suscetíveis ao ataque da filoxera, pulgão que ataca o sistema radicular da videira. A utilização de porta-enxertos, além do controle da filoxera, tem a vantagem de propiciar maior produtividade e qualidade da uva, maior tolerância a doenças de solo e melhor adaptação aos diferentes tipos de solo.
Material de propagação
O material de propagação para o preparo das mudas (estaca do porta-enxerto e gema da produtora) deve ser obtido em órgãos oficiais ou viveiristas credenciados. Outra opção e, neste caso, somente para material da produtora, é a obtenção do material em vinhedos comerciais que tenham sido formados com mudas de procedência conhecida onde deve-se proceder a seleção das plantas para a retirada do material.
No caso do produtor optar em fazer a seleção das plantas de cultivares produtoras para a retirada de garfos (gemas) para enxertia, ele deve escolher vinhedos adultos, com idade mínima de quatro anos, de preferência acima de 8 anos e que tenha sido formado com material de boa procedência em relação a sanidade e identidade varietal. Na seleção deve-se marcar as plantas com bom vigor, produtivas e boa maturação da uva e, sem qualquer tipo de sintoma que possa ser causado por doenças ou pragas. A observação das plantas deve ser feita em diversas épocas do ano, visto que os sintomas da maioria das doenças se expressam melhor em determinados estádios do ciclo vegetativo. As épocas mais aconselhadas para observar as plantas são: a) na primavera, quando os ramos alcançam em torno do 50 cm, verificar se as folhas apresentam sintomas de deformações, amarelamentos e manchas cloróticas de contorno variado e nos ramos se há anomalias como bifurcações, entrenós curtos, achatamentos e nós duplos; b) na fase de maturação da uva, antes da colheita, verificar se as plantas apresentam cachos com falhas ou mal formados, maturação irregular (presença no mesmo cacho de uvas maduras e verdes), e também, se àquelas plantas que embora tenham boa produção apresentam maturação atrasada ou incompleta; c) no fim do ciclo vegetativo, antes da queda das folhas, observar se as folhas apresentam enrolamento com aspecto rugoso e coreáceo, avermelhamento nas cultivares de uva preta ou rosa e amarelamento pálido nas cultivares de uva branca; d) no período de dormência, época que a planta está sem as folhas, antes da poda, verificar nos ramos se há presença de achatamento, nós duplos (gemas opostas), bifurcações, entrenós curtos, engrossamento nos entrenós, amadurecimento irregular da casca e morte de ramos.
No caso de porta-enxertos é difícil selecionar plantas sadias na propriedade, pois mesmo infectadas, as plantas não mostram sintomas de muitas doenças importantes. Dessa forma recomenda-se obter as estacas ou matrizes de porta-enxerto de fonte segura que tenham material certificado ou fiscalizado. Não utilizar para propagação, estacas retiradas de rebrotes do porta-enxerto que, eventualmente, ocorrem de plantas enxertadas em vinhedos comerciais em plena produção.
Coleta e conservação do material propagativo
A coleta do material propagativo do porta-enxerto (estacas) e da produtora (gemas), deve ser feita no inverno, quando a planta está em dormência (sem folhas) e com os ramos bem lignificados (amadurecidos). Somente devem ser aproveitados os ramos que vegetaram na última estação (ramo do ano) e que nasceram de ramos do ano anterior, ou seja, ramos de dois anos. Recomenda-se que a coleta do material seja feita o mais próximo possível da época da sua utilização (plantio ou da enxertia).
Quando for necessária a conservação do material, antes do plantio ou da enxertia, deve ser feito, de preferência, em câmara fria. Caso a câmara fria não dispor de controle de umidade, os feixes devem ser cobertos com papel jornal úmido e envolvidos em plástico bem vedado, para evitar que o material propagativo se desidrate. Não dispondo de câmara fria, conservar em local fresco (porão) sob areia ou serragem úmida. Quando for estacas (40-45 cm) a conservação pode ser feita em feixes, em pé, com a base das estacas enterrada (10-20 cm) em areia com bastante umidade e em local bem sombreado e fresco, onde pode permanecer por até duas ou três semanas. Estes cuidados são importantes, pois se os ramos da videira perderem água equivalente a 20% do seu peso, podem se tornar inviáveis para o plantio ou enxertia. O ideal é que todo o material, antes de ser conservado (armazenado), seja hidratado por 24 horas (imersão ou com a base na água). Quando as estacas de porta-enxertos destinadas ao plantio forem retiradas da câmara fria ou de outro local de conservação, devem serem colocadas na água por dois ou três dias, antes do plantio. No caso de material de produtoras destinado a fornecer gemas para enxertia é suficiente uma hidratação de 24 horas antes da enxertia.
Preparo das estacas
As estacas para plantio do porta-enxerto, devem ter o comprimento, em torno, de 45 cm, correspondendo, aproximadamente a 4-6 gemas e com um diâmetro de 7-12 mm. O corte na extremidade inferior da estaca (base) deve ser horizontal, logo abaixo de uma gema (0,5 cm). Na extremidade superior, o corte deve ser inclinado (bisel) de 3 a 5 cm acima da gema.
Formação da muda
Mudas de cultivares viníferas devem ser obtidas através do processo de enxertia, preparadas diretamente no local de implantação do vinhedo ou em viveiro para posterior transplante. O preparo da muda em viveiro possibilita, numa pequena área, fazer grande número de mudas, além de facilitar os tratamentos fitossanitários, adubação, irrigação, cobertura plástica do solo etc. Além disso as mudas podem ser selecionadas antes de ir para o local definitivo, facilitando a padronização das plantas no vinhedo. Em contrapartida, a muda feita no local definitivo tem como vantagem o maior desenvolvimento inicial da planta, especialmente, nos primeiros dois anos, visto que, a muda não sofre o traumatismo do processo de transplante.
Escolha da área e preparo do solo para viveiro
O viveiro deve estar distanciado pelo menos 50 m de vinhedos comerciais. Escolher um solo com predominância para o tipo arenoso, profundo e bem drenado, de preferência que não tenha sido cultivado com videiras nos últimos anos. Deve estar livre de fungos, bactérias e nematoides que afetam a videira e sobrevivem no solo e, principalmente, da praga "pérola da terra", que ataca as raízes da videira e de inúmeras outras plantas cultivadas. Retirar amostras para analise do solo, com bastante antecedência e fazer a correção do pH e de adubação, conforme a recomendação. O solo tem que ficar bem preparado (solto), de modo a facilitar o aprofundamento das raízes e o desenvolvimento da muda.
Plantio das estacas
O plantio das estacas deve ser feito no período de julho/agosto. Quando a muda é preparada em viveiro o plantio das estacas do porta-enxerto pode ser feito em valas com profundidade de 30 cm a 40 cm e largura de 30cm. As estacas são enterradas à profundidade de 2/3 do seu comprimento e espaçadas de 5 cm a 10cm. Pode-se colocar na vala duas fileiras de estacas distanciadas 20 cm a 30 cm uma da outra e, entre as valas, deixar uma distância de 1 m. Outra alternativa é preparar canteiros com 15-20 cm de altura e com 60 cm de largura e distante 50 cm um do outro, cobrindo-os com plástico preto. O plantio deve ser feito em duas fileiras para facilitar a operação de enxertia pelos dois lados do canteiro. O plantio pode ser feito furando o plástico com a própria estaca ou, o que é mais aconselhável, perfurar o plástico antes de colocar a estaca. Deve-se ter o cuidado de manter o solo com umidade suficiente para o plantio antes de cobrir o canteiro com plástico. Após o plantio das estacas é importante irrigar em cima do plástico fazendo a água penetrar pelos furos de modo a compactar o solo junto a estaca.
Em caso de estiagem o viveiro deve ser irrigado periodicamente.
Quando a muda é preparada no local definitivo, o plantio também é feito no período de julho/agosto. Normalmente o porta-enxerto é plantado em covas, sempre colocando-se duas estacas em cada cova e enterrando 2/3 do seu comprimento. Outra alternativa é plantar estaca já enraizada (barbado) e, neste caso, vai um barbado por cova. No caso do plantio de estacas e as duas enraizaram, elimina-se a mais fraca ou transplanta-se para as covas onde não ocorreu pegamento. Uma boa medida para repor as falhas, é plantar uma quantidade de estacas em sacos plásticos e transplantá-las para as covas que não houve pegamento, ainda no mesmo ano, durante o mês de outubro.
Enxertia de garfagem no campo
No Brasil, esta é a prática mais utilizada e a quase totalidade das mudas são preparadas no local definitivo. Como já foi mencionado, a enxertia é feita um ano após o plantio das estacas do porta-enxerto (enxertia de inverno). Em regiões sujeitas à ocorrência de geadas tardias, a enxertia deve ser feita na última quinzena de agosto. O tipo de enxertia feita no campo é a garfagem simples, executada do seguinte modo: inicialmente, faz-se uma limpeza em torno do porta-enxerto para facilitar a operação de enxertia. A seguir elimina-se a copa a uma altura de 10 cm a 15 cm acima do solo, ficando, assim, um pequeno caule ou cepa. Após, com o canivete de enxertia, é feita uma fenda de 2 cm a 4 cm, na qual será introduzido o garfo da videira que se deseja enxertar. Para o preparo do garfo (enxerto), toma-se uma parte do ramo (bacelo) com duas gemas, de preferência com diâmetro igual ao do porta-enxerto. Com canivete bem afiado são realizados cortes rápidos e firmes em ambos os lados, de maneira que o garfo fique em forma de cunha, com largura maior para o lado que fica a gema basal (Figura 1). O comprimento da cunha deverá ser semelhante ao da profundidade da fenda feita no porta-enxerto.



Fig. 1. Preparo do garfo, com a largura maior para o lado da gema. (Foto: G. Kuhn)

É importante que o garfo, assim preparado, seja imediatamente encaixado na fenda do porta-enxerto, de tal maneira que as regiões da casca do porta-enxerto e do garfo (enxerto) fiquem em contato direto. Quando o diâmetro do porta-enxerto e do garfo for diferente, é fundamental que, no lado em que se situa a gema basal do garfo, ocorra o contato direto da casca das duas partes - enxerto/porta-enxerto (Figura 2). A seguir, enrola-se firmemente toda a região da enxertia com fita plástica, com cuidado para não deslocar o enxerto. Além da fita plástica pode ser usado ráfia ou vime, embora a fita plástica seja mais indicada por vedar bem os cortes da enxertia, evitando a entrada de água e terra (Figura 3). Quando a muda é preparada no local definitivo, crava-se uma estaca ou taquara (tutor) junto ao enxerto, de modo a conduzi-lo até o arame do sistema de sustentação (latada, espaldeira, etc.).



Fig. 2. União da enxertia, mostrando o contato da casta da copa com o porta-enxerto.
(Foto: G. Barros )



Fig. 3. Amarrio do enxerto com fita plástica. (Foto: G. Barros)

Para favorecer a soldadura, logo após a enxertia, deve-se cobrir totalmente o enxerto com terra solta, areia ou serragem úmida, não em excesso, para não causar a compactação quando secar (Figura 4).


Fig. 4. Cobertura do enxerto com terra.
(Foto: G. Kuhn)

Após a pega da enxertia, deve-se acompanhar o desenvolvimento da muda mantendo os brotos do enxerto e eliminando-se os brotos que se originam do porta-enxerto, tomando-se o cuidado para não deixar a região do calo do enxerto sem a proteção da terra.
Quando o enxerto estiver com uma brotação de, aproximadamente, 50 cm, deve ser observado se houve afrancamento, ou seja, se ocorreu emissão de raízes a partir do garfo (enxerto). Em caso positivo, as raízes devem ser cortadas com tesoura ou canivete. Nesta época, também deve ser observado se está havendo estrangulamento na região da enxertia, cortando a fita plástica se necessário. Realizadas estas operações, novamente, protege-se a região da enxertia até que se inicie o amadurecimento do ramo. A partir deste estádio pode-se eliminar a proteção do enxerto e soltar a fita plástica.
Deve-se fazer o controle da formiga cortadeira e realizar os tratamentos fitossanitários, especialmente, do início da brotação em setembro até dezembro, quando doenças como antracnose e míldio ocorrem com maior freqüência. As operações de manejo do enxerto, tais como eliminação da brotação do porta-enxerto, desafrancamento e eliminação da proteção que cobre o enxerto, devem ser efetuadas, preferencialmente, em dias nublados.
Ocorrendo a brotação das duas gemas do enxerto e quando estas alcançarem em torno de 1 m, elimina-se o broto mais fraco, amarrando o outro, freqüentemente, junto ao tutor, para evitar a sua quebra pelo vento.
Quando a enxertia é feita em viveiro, onde a distância entre as mudas é em torno de 10 cm, não há necessidade de tutora-las e sim fazer o desponte dos ramos, sempre que atingirem em torno de 60 cm, de modo a engrossar o ramo principal e facilitar os tratamentos fitossanitários. As demais operações são as mesmas já mencionadas quando se forma a muda no local definitivo. As mudas permanecem no viveiro até o inverno seguinte, quando serão arrancadas e replantadas no local onde vai ser implantado o vinhedo.
Enxertia verde
Esta modalidade de enxertia é efetuada durante o período vegetativo da videira sendo recomendada para a reposição de falhas da enxertia de inverno. Pode também ser empregada na renovação do vinhedo. A enxertia é feita por garfagem simples, nos meses de novembro e dezembro. Se feita mais tarde poderá ocorrer problema na maturação (lignificação) das brotações, principalmente, em localidades onde o outono é bastante frio.
Consiste dos seguintes procedimentos: selecionar dois brotos do porta-enxerto conduzindo-os junto ao tutor e eliminando as demais brotações. Quando os ramos do porta-enxerto atingirem em torno de 5 mm de diâmetro e estiverem com boa consistência, verdes mas rígido, já poderão ser enxertados. A altura da enxertia é variável, dependendo do desenvolvimento do ramo, o qual deverá ser despontado a partir do quarto ou quinto entrenó, contados da extremidade para a base (Figura 5).


Fig. 5. Enxertia verde - desponte do porta-enxerto. (Foto: G. Kuhn)

Todas as gemas do porta-enxerto devem ser eliminadas, deixando as folhas. O garfo da produtora com uma ou duas gemas (Figura 6) deve ter o mesmo diâmetro do ramo do porta-enxerto para facilitar a enxertia e a soldadura do enxerto.



Fig. 6. Enxertia verde - diâmetro do garfo e do porta-enxerto devem ser semelhantes. (Foto: G. Barros)

A elaboração dos cortes é igual ao da enxertia de inverno já descrita. O enxerto deve ser amarrado com plástico fino (Figura 7) vedando totalmente a superfície, desde a região da enxertia até o ápice, ficando a descoberto apenas a(s) gema(s) do garfo (Figura 8). Após a enxertia, deve ser feito duas vistorias semanais eliminando-se os brotos que se originam do porta-enxerto. A brotação do enxerto deve ser amarrada freqüentemente para não quebrar com o vento. Também devem ser realizados os tratamentos fitossanitários, especialmente para o controle da antracnose e do míldio. Cerca de dois meses após a enxertia, afrouxar o amarrio para evitar o estrangulamento, permanecendo o enxerto coberto com plástico. A retirada definitiva do plástico deve ocorrer, em torno, de somente 90 dias após a enxertia. Efetuar estas práticas, de preferência, em dias nublados ou em fim de tarde.



Fig. 7. Enxertia verde - amarrio com fita plástica fina. (Foto: G. Barros)



Fig. 8. Enxertia verde - cobertura de toda região enxertada, deixando gema de fora. (Foto: G. Barros)



O professor-adjunto da Unioeste, Rafael Pio, explica que a uva é uma frutífera de clima temperado e, por isso, requer certa quantidade de frio durante o inverno para as gemas brotarem e proporcionar boas produções. Primeiramente, deve-se conhecer o clima do local, observando as temperaturas mínimas durante o inverno e as médias durante o verão, pois as uvas de mesa são bem sensíveis ao ataque de doenças foliares causadas por fungos no verão. As mudas podem ser adquiridas no Centro Apta Frutas do IAC-Apta, tel. (0--11) 4582-7284 ou e-mail: frutas@iac.sp.gov.br. Contato com o pesquisador, e-mail: rafaelpio@hotmail.com.

Saturday, June 06, 2009

blusa generosa

A blusa entre aberta generosa
Amostra magnânima pele macia
Desejo instantâneo e carnal
Inspira verso desejo e poesia
Tua pele morena aveludada
Protuberância tenra e lascívia
Estimula minha sensualidade
Por mais que tente não resisto
Ao impulsos a criminosa intenção
De tocar carinhosamente a mão

Thursday, June 04, 2009

Todos os corpos existentes na Terra, assim como todos existentes no Universo têm uma característica em comum: São constituídos por matéria. O que diferencia todos os corpos do Universo portanto é o tipo de matéria, ou seja, a concentração de cada elemento diferente existente na natureza e também seu estado.

Os estados da matéria são cinco: sólido, líquido, gasoso, plasma e zero absoluto.

O primeiro estado da matéria é o estado sólido. Quando a matéria se encontra no estado sólido, ela tem uma forma definida, e independentemente do recipiente em que for colocada, a matéria manterá sua forma. Vamos pensar por exemplo em um automóvel: independentemente de o carro estar na garagem ou em um campo aberto, seu volume será o mesmo para ambos os casos.

Para um líquido no entanto, já temos reações diferentes, o líquido assim como o sólido possui um volume constante e fixo, sendo muito complicada sua compressão ou expansão, porém sua forma depende unicamente do recipiente em que está contido. Se por exemplo tivermos um litro de água dentro de um recipiente muito grande e passarmos esta água para um recipiente onde apenas caiba ½ litro, o volume do recipiente será totalmente preenchido e ½ litro de água vazará para fora dele, no entanto o volume total de água continuará sendo de 1 litro.

No caso gases, temos outro tipo de comportamento: os gases não tem forma definida, e ambas sua forma e seu volume são definidos pelo recipiente que contém o gás. Se tivermos por exemplo um bulbo de aço com duas atmosferas de pressão em seu interior e de repente reduzirmos o volume do bulbo pela metade, de forma que sua área também seja reduzida pela metade, temos que a força é igual à pressão sobre área, resultando assim que a nova pressão atingirá o dobro do valor, e se agora quadruplicarmos o volume do bulbo, o gás voltará a ocupar todo o volume com uma pressão quatro vezes menor. Podemos então concluir que um gás ocupa todo o volume dentro do qual ele é confinado.

O plasma é o caso onde a temperatura é tão alta que não existem mais átomos, mas sim apenas uma sopa de íons, pois todos os elétrons, prótons e nêutrons foram arrancados de perto do núcleo de tão intensa que é a agitação molecular devida à temperatura. Apesar de ser difícil a produção de plasma na Terra devido à necessidade de compartimentos que resistam a temperaturas altíssimas, pesquisadores acreditam que 99% de toda a matéria existente no Universo esteja sob a forma de plasma.

O zero absoluto é apenas um estado teórico, já que a temperatura de zero kelvins é impossível de ser atingida, no entanto supõe-se que à temperatura de zero absoluto, não haveria movimento de prótons, elétrons ou nêutrons em torno de um núcleo. Temos que entender no entanto que esta temperatura é realmente impossível de ser atingida. A uma dada temperatura e pressão, cada substância pode ser encontrada em um estado específico, no entanto deve ficar claro que cada substância é distinta das outras, logo à temperatura ambiente e pressão atmosférica, coexistem os estados sólido(metais), líquido(água), e gasoso(ar).

O quarto estado da matéria

Plasmas na natureza e de laboratório

Plasmas clássicos possuem densidade e temperatura com valores que se distribuem numa larga faixa de abrangência. A densidade varia mais do que 30 ordens de magnitude e a temperatura pode variar mais do que 7 ordens de magnitude. A figura abaixo mostra alguns dos plasmas de laboratório investigados pelo Laboratório Associado de Plasma do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais assim como alguns plasmas que ocorrem na natureza e que são estudados pelas divisões da Coordenadoria de Ciências Espaciais e Atmosféricas do Instituto.

Plasmas na natureza e de laboratório
Plasmas clássicos possuem densidade e temperatura com valores que se distribuem numa larga faixa de abrangência. A densidade varia mais do que 30 ordens de magnitude e a temperatura pode variar mais do que 7 ordens de magnitude. A figura abaixo mostra alguns dos plasmas de laboratório investigados pelo Laboratório Associado de Plasma do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais assim como alguns plasmas que ocorrem na natureza e que são estudados pelas divisões da Coordenadoria de Ciências Espaciais e Atmosféricas do Instituto.

ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA

Estados da matéria, em física clássica, as três formas que pode tomar a matéria: sólida, líquida ou gasosa. Os sólidos se caracterizam por sua resistência a qualquer mudança de forma. Em estado líquido, a matéria cede às forças tendentes a modificar sua forma. Os gases não oferecem nenhuma resistência à mudança de forma e muito pouca às alterações no seu volume.

Líquidos, substâncias em um estado da matéria intermediário entre os estados sólido e gasoso. As moléculas dos líquidos não estão tão próximas quanto as dos sólidos, mas estão menos separadas que as dos gases. Caracterizam-se por uma resistência à fluidez chamada viscosidade. São caraterísticos de cada líquido o ponto de ebulição, o ponto de solidificação e o calor de vaporização (o calor necessário para transformar em vapor uma determinada quantidade do líquido).

Evaporação, conversão gradual de um líquido em gás, sem que ocorra ebulição. Em temperaturas abaixo do ponto de ebulição, é possível que moléculas individuais tenham energia suficiente para escapar da superfície e passar para o espaço acima, na forma gasosa. O processo oposto é a condensação. A passagem de sólido a gás chama-se sublimação.

Sólido, estado físico da matéria, em que as amostras conservam sua forma e tamanho. Os sólidos apresentam uma distribuição regular das partículas atômicas.

Cristal, porção homogênea de matéria com estrutura atômica ordenada e definida e com forma externa limitada por superfícies planas e uniformes, simetricamente dispostas. Os cristais formam-se quando um líquido torna-se lentamente um sólido. Esta formação pode resultar do congelamento, do depósito de matéria dissolvida ou da condensação direta de um gás em um sólido. O estudo do crescimento, forma e geometria dos cristais chama-se cristalografia. Existem seis sistemas cristalinos, caracterizados pelo comprimento e posição de seus eixos (linhas imaginárias que passam pelo centro do cristal e interceptam as faces, definindo relações de simetria no cristal). Os minerais de cada sistema dividem algumas características de simetria e forma cristalina, assim como muitas propriedades ópticas importantes.

Os sistemas cristalinos são: o sistema cúbico, que inclui os cristais com três eixos perpendiculares, dois dos quais têm o mesmo tamanho; o ortorrômbico, que inclui cristais com eixos de tamanhos diferentes e formando entre si ângulos oblíquos, e, por último, o sistema hexagonal, que engloba os cristais com quatro eixos. Alguns elementos ou compostos podem cristalizar em dois sistemas diferentes. Isto dá origem a substâncias que, embora idênticas em composição química, são diferentes em quase todas as demais propriedades físicas. Por exemplo, o carbono cristaliza no sistema cúbico formando o diamante e no sistema hexagonal formando o grafite.

Cristal líquido, substância que se comporta ao mesmo tempo como um líquido e como um sólido. As moléculas de um cristal líquido podem deslocar-se, umas em relação às outras, com bastante facilidade, tal como as de um líquido. No entanto, todas as suas moléculas tendem a estar orientadas do mesmo modo, algo semelhante à estrutura molecular de um cristal sólido. Emprega-se nos mostradores de relógios digitais e calculadoras, televisões em miniatura, computadores portáteis e outros aparelhos.

Fluido, substância que cede imediatamente a qualquer força tendente a alterar sua forma e por isso adapta-se à forma do recipiente. Podem ser líquidos ou gases.

Gás, substância em um dos três estados da matéria comum, que são o sólido, o líquido e o gasoso. Os gases expandem-se livremente até encher o recipiente que os contém, e sua densidade é muito menor que a dos sólidos e a dos líquidos. A teoria atômica da matéria define os estados, ou fases, de acordo com a ordem que envolvem. As moléculas têm uma certa liberdade de movimentos no espaço. Esses graus de liberdade microscópicos estão relacionados com o conceito macroscópico de ordem. As moléculas de um sólido estão dispostas em uma rede e sua liberdade está restrita a pequenas vibrações em torno dos pontos dessa rede. Em troca, um gás não tem uma ordem espacial macroscópica. Suas moléculas se movem aleatoriamente e só estão limitadas pelas paredes do recipiente que as contém. A temperaturas baixas e pressões altas (ou volumes reduzidos), as moléculas de um gás passam a ser influenciadas pela força de atração das outras moléculas e todo o sistema entra em um estado de alta densidade e adquire uma superfície limite. Isso acarreta a entrada no estado líquido. O processo é conhecido como transição de fase ou mudança de estado.

Vapor, substância em estado gasoso. Emprega-se a palavra vapor para referir-se ao estado gasoso de uma substância que normalmente é líquida ou sólida.

Quando confinado, o vapor de uma substância a qualquer temperatura exerce uma pressão conhecida como pressão de vapor. Ao aumentar-se a temperatura da substância, a pressão de vapor eleva-se, como resultado de uma maior evaporação.

Ponto crítico, condições de temperatura e pressão nas quais não se pode liquefazer um gás. A temperatura, a pressão e o volume críticos são as constantes críticas de uma substância.

Temperatura, propriedade dos sistemas que determina se estão em equilíbrio térmico. Se dois corpos têm temperaturas diferentes, o calor flui do mais quente para o mais frio até que as temperaturas sejam idênticas e se alcance o equilíbrio.

As mudanças de temperatura têm de ser medidas a partir de mudanças em outras propriedades. O termômetro convencional mede a dilatação de uma coluna de mercúrio. Se aplica-se calor a um gás, a temperatura pode ser determinada a partir da mudança de pressão.

Existem várias escalas de temperatura: segundo a escala Fahrenheit, o ponto de solidificação da água é 32 °F, e seu ponto de ebulição, 212 °F. A escala Celsius designa 0 °C e 100 °C a estes pontos. Na escala absoluta ou Kelvin, o zero absoluto corresponde a -273,15 °C (0 K) e um kelvin equivale a um grau centígrado.

A temperatura desempenha um papel importante. Assim, as aves e os mamíferos suportam uma variação muito pequena de temperatura corporal. Em temperaturas árticas, o aço se torna quebradiço e os líquidos se solidificam ou são muito viscosos.

Pressão, força por unidade de superfície que exerce um líquido ou um gás perpendicularmente à dita superfície. Costuma ser medida em atmosferas (atm); no Sistema Internacional de unidades (SI), é expressa em newton por metro quadrado, chamada pascal (Pa). A atmosfera é definida como 101.325 Pa, e equivale a 760 mm de mercúrio em um barômetro convencional. Para medir pressões, usam-se os barômetros. Estes costumam medir a diferença entre a pressão do fluido e a atmosférica, e por isto é preciso somar a última para obter a pressão absoluta. Uma leitura negativa corresponde a um vácuo parcial.


O plasma também é chamado de "quarto estado da matéria", em extensão aos estados sólido, líquido e gasoso (esta descrição foi usada primeiramente por William Crookes em 1879). A ilustração mostra como a matéria muda de um estado para outro à medida que se fornece energia térmica à mesma.


Os plasmas possuem todas as propriedades dinâmicas dos fluidos, como turbulência, por exemplo. Como são formados de partículas carregadas livres, plasmas conduzem eletricidade. Eles tanto geram como sofrem a ação de campos eletromagnéticos, levando ao que se chama de efeito coletivo. Isto significa que o movimento de cada uma das partículas carregadas é influenciado pelo movimento de todas as demais. O comportamento coletivo é um conceito fundamental para a definição de plasmas.


Em 1995, físicos da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos (EUA), concentraram e congelaram um conjunto de 2 mil átomos de rubídio a uma temperatura de apenas 170 bilionésimos de grau acima do zero absoluto (273 graus Celsius negativos). Com isso, pela primeira vez construíram um condensado de Bose-Einstein – uma minúscula porção de matéria cujas partículas se comportam de maneira extremamente organizada, vibrando com a mesma energia e a mesma direção, como se constituíssem um único superátomo. Esse é o quinto estado da matéria, previsto pelo físico alemão Albert Einstein e pelo matemático indiano Satyendra Nath Bose, em 1924.

Até então, conheciam-se apenas quatro estados: sólido, líquido, gasoso e plasma. Todos ligam-se ao movimento de átomos e de moléculas. Essa movimentação define também a temperatura. Quanto mais eles se mexem, mais alta ela é; quanto menos se movimentam, mais baixa ela fica. O plasma, um tipo de gás ionizado, constitui o estado mais caótico, em que os átomos se movem em diferentes velocidades e direções. A partir daí, a matéria se ordena cada vez mais ao passar para os estados gasoso, líquido e sólido.


Mas somente no quinto estado a organização chega ao extremo. Nele, todas as partículas movem-se coordenadamente, na mesma direção e em velocidade idêntica. Até o feito dos cientistas norte-americanos, somente se conhecia tal organização na luz. No raio laser, todos os raios luminosos alinham-se perfeitamente. Agora os pesquisadores acreditam que com o condensado de Bose-Einstein será possível construir um laser de matéria. Ondas de matéria fluindo com a mesma energia e na mesma direção constituem um instrumento valioso para o estudo das partículas atômicas.

Tuesday, May 12, 2009

poesia é edstado de materia

Alguem ja dissi, O quarto estado é o PLASMA,que ja ouvimos muito falar nas inovações tecnologicas,o quinto estado é o condensado de bose einstein citado no topico "Dois corpos podem ocupar o mesmo lugar no espaço" http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?topic=49883.0 , e finalmente o sexto estado ,o condensado fermiônico!!

Mas afinal o que é o plasma que tanto ouvimos falar?Vou explicar o plasma por meio de exemplos que tornara mais facil sua compreensao!O sol e as estrelas são um belo exemplo de plasma.Tudo bem que vc nunca viu uma estrela de perto mas que este nao seja o problema,aposto que você ja encostou no plasma,ou melhor,se queimou com ele,por que o fogo tambem é plasma!!!!Por esta voces nao esperavam!!! Grin
Agora irei explicar fisicamente o que PLASMA!

Um gás submetido a uma altíssima temperatura torna a agitação de seus átomos alta e a colisão entre eles muito fortes, assim fazendo com que haja uma separação do elétron do átomo, ocorrendo o que denominamos ionização. Então podemos definir como plasma um gás que contém uma mistura variada de átomos neutros ,ionizados e elétrons livres em constante interação Coulombiana.

Outros exemplos de plasma:

• Vento solar ou fluído ionizado, constantemente ejetado pelo sol
• Galáxias e nebulosas que contem gás e poeira cósmica interestrelar em estado “eletrificado” ou ionizado
• Aurora Austral e Boreal, plasmas naturais que ocorrem nas altas latitudes do planeta terra
• Ionosfera terrestre, possibilita comunicações por radio

E exemplo de plasma nas tecnologias?

• Lâmpadas a base de hidrogênio por RF
• Terminais de vídeo plano a plasma
• Utilização de filtros a plasma (elimina 90% dos gases poluentes de veículos automotores)

As inovações tecnológicas estão girando muito em torno deste 4º estado da matéria,devido as vantagens que este estado pode nos proporcionar.Por exemplo, em certas condições físicas ele conduz corrente elétrica melhor que o cobre, e também é facilmente orientável em campos elétricos e magnéticos.

Em 1995, físicos da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos (EUA), concentraram e congelaram um conjunto de 2 mil átomos de rubídio a uma temperatura de apenas 170 bilionésimos de grau acima do zero absoluto (273 graus Celsius negativos). Com isso, pela primeira vez construíram um condensado de Bose-Einstein

Até então, conheciam-se apenas quatro estados: sólido, líquido, gasoso e plasma. Todos ligam-se ao movimento de átomos e de moléculas. Essa movimentação define também a temperatura. Quanto mais eles se mexem, mais alta ela é; quanto menos se movimentam, mais baixa ela fica. O plasma, um tipo de gás ionizado, constitui o estado mais caótico, em que os átomos se movem em diferentes velocidades e direções. A partir daí, a matéria se ordena cada vez mais ao passar para os estados gasoso, líquido e sólido.

Mas somente no quinto estado a organização chega ao extremo. Nele, todas as partículas movem-se coordenadamente, na mesma direção e em velocidade idêntica. Até o feito dos cientistas norte-americanos, somente se conhecia tal organização na luz. No raio laser, todos os raios luminosos alinham-se perfeitamente. Agora os pesquisadores acreditam que com o condensado de Bose-Einstein será possível construir um laser de matéria. Ondas de matéria fluindo com a mesma energia e na mesma direção constituem um instrumento valioso para o estudo das partículas atômicas.
Citado em outros topicos, pudemos descobrir que nao existem somente 3 estados a materia,mas sim 6!!!!
Mas comentarei neste topico ,somente sobre o sexto,O Condensado Fermionico!

Ao contrario do Condensado de Bose Einstein, no Condensado Fermionico seus fermions nao conseguem ocupar o mesmo lugar no espaço!O qual se tornou uma pesquisa aos cientistas,pois se eles conseguirem isto,sera uma grande descoberta cientifica o qual nos trara grandes beneficios(principalmente sobre sua supercondutividade)!
Mas afinal o que o Condensado Fermionico?

Os férmions representam uma classe de partículas subatômicas elementares que inclui os elétrons. Em condições normais, férmions se repelem entre si. Dois férmions idênticos não podem compartilhar um mesmo estado quântico.

Em 16 de novembro, os pesquisadores do JILA usaram um laser para aprisionar uma pequena nuvem de átomos de potássio, resfriando-os a apenas 50 bilionésimos de um grau acima do zero absoluto (-273,16 ºC), reduzindo ao máximo a energia e a movimentação das partículas. Aplicando um campo magnético ao gás resfriado, os cientistas forçaram os átomos a criar um condensado, movendo-se num padrão único de onda.

Este estado esta fortemente relacionado com a supercondutividade,mas o problema encontrado em relacao a este assunto é a temperatura que este necessita estar parar se tornar um super condutor.
A temperatura na qual os metais e ligas se tornam supercondutores depende da intensidade da "interação emparelhada" entre seus elétrons. A temperatura mais alta que se conhece na qual ainda ocorre a supercondutividade é de -135º C.


assim, o decmo estgado da materia descobriremos que e o sentimento poetico de maneira fisica ou melhor a materia trasformada em pura escencia de pensamento

Sunday, April 26, 2009

Lembro ainda

Lembro ainda
Não faz muito tempo
Ou quem sabe só sonhe
Não importa se real ou sonho
Ainda esta em mim teu carmim
E te vejo:
Nua, de pé, solto o cabelo às costas,
Sorri. Na alcova perfumada e quente,
Pela janela, como um rio enorme
De áureas ondas tranqüilas e impalpáveis
Profusamente a luz do meio-dia
Entra e se espalha palpitante e viva.
Entra, parte-se em feixes rutilantes,
Aviva as cores das tapeçarias,
Doura os espelhos e os cristais inflama.
Depois, tremendo, como a arfar, desliz
Pelo chão, desenrola-se, e, mais leve,
Como uma vaga preguiçosa e lenta,
Vem lhe beijar a pequenina ponta
Do pequenino pé macio e branco.
Sobe... -- e que volta sensual descreve
Para abranger todo o quadril! -- prossegue,
Lambe-lhe o ventre, abraça-lhe a cintura,
Morde-lhe os bicos túmidos dos seios,
Corre-lhe a espádua, espia-lhe o recôncavo
Da axila, acende-lhe o coral da boca,
E antes de se ir perder na escura noite,
Na densa noite dos cabelos negros,
Pára confusa, a palpitar, diante
Da luz mais bela dos seus grandes olhos.

E aos mornos beijos, às carícias ternas
Da luz, cerrando levemente os cílios,
Satânia os lábios úmidos encurva,
E da boca na púrpura sangrenta
Abre um curto sorriso de volúpia...
Corre-lhe à flor da pele um calafrio;
Todo o seu sangue, alvoroçado, o curso
Apressa; e os olhos, pela fenda estreita
as abaixadas pálpebras radiando,
Turvos, quebrados, lânguidos, contemplam,
Fitos no vácuo, uma visão querida...

Talvez ante eles, cintilando ao vivo
Fogo do ocaso, o mar se desenrole:
Tingem-se as águas de um rubor de sangue,
Uma canoa passa... Ao largo oscilam
mastros enormes, sacudindo as flâmulas...
E, alva e sonora, a murmurar, a espuma
Pelas areias, se insinua, o limo
Dos grosseiros cascalhos prateando...

Talvez ante eles, rígidas e imóveis,
Vicem, abrindo os leques, as palmeiras:
Calma em tudo. Nem serpe sorrateira
Silva, nem ave inquieta agita as asas.
E a terra dorme num torpor, debaixo
De um céu de bronze que a comprime e estreita...

Talvez as noites tropicais se estendam
Ante eles: infinito firmamento,
Milhões de estrelas sobre as crespas águas
De torrentes caudais, que, esbravejando,
Entre altas serras surdamente rolam...
Ou talvez, em países apartados,
Fitem seus olhos uma cena antiga:
Tarde de outono. Uma tristeza imensa
Por tudo. A um lado, à sombra deleitosa
Das tamareiras, meio adormecido,
Fuma um árabe. A fonte rumoreja
Perto. À cabeça o cântaro repleto,
Com as mãos morenas suspendendo a saia,
Uma mulher afasta-se, cantando...
E o árabe dorme numa densa nuvem
De fumo... E o canto perde-se à distância...
E a noite chega, tépida e estrelada...

Certo, bem doce deve ser a cena
Que os seus olhos extáticos ao longe,
Turvos, quebrados, lânguidos, contemplam.
Há pela alcova, entanto, um murmúrio
De vozes. A princípio é um sopro escasso,
Um sussurrar baixinho... Aumenta logo:
É uma prece, um clamor, um coro imenso
De ardentes vozes, de convulsos gritos.
É a voz da Carne, é a voz da Mocidade,
-- Canto vivo de força e de beleza,
Que sobe desse corpo iluminado...

Dizem os braços: "-- Quando o instante doce
Há de chegar, em que a pressão ansiosa
Destes laços de músculos sadios,
Um corpo amado vibrará de gozo? --"

E os seios dizem: "-- Que sedentos lábios,
Que ávidos lábios sorverão o vinho
Rubro, que temos nestas cheias taças?
Para essa boca que esperamos, pulsa
Nestas carnes o sangue, enche estas veias,
E entesa e apruma estes rosados bicos... --"

E a boca: "-- Eu tenho nesta fina concha
Pérolas níveas do mais alto preço,
E corais mais brilhantes e mais puros
Que a rubra selva que de um tírio manto
Cobre o fundo dos mares da Abissínia...
Ardo e suspiro! Como o dia tarda
Em que meus lábios possam ser beijados,
Mais que beijados: possam ser mordidos!--"

Mas, quando, enfim, das regiões descendo
Que, errante, em sonhos percorreu, Satânia
Olha-se, e vê-se nua e, estremecendo,
Veste-se, e aos olhos ávidos do dia
Vela os encantos, -- essa voz declina
Lenta, abafada, trêmula...

Um barulho
De linhos frescos, de brilhantes sedas
Amarrotadas pelas mãos nervosas,
Enche a alcova, derrama-se nos ares...
E, sob as roupas que a sufocam, inda
Por largo tempo, a soluçar se escuta
Num longo choro a entrecortada queixa
Das deslumbrantes carnes escondidas...



Minha eterna amada
Minha paixao asolapada
Inquisidora do meu
pobre coração; No teu
ser eu me perco
fico cego e so penso
em ti; es tu o meu cerco
o meu calcanhar de aquiles
Es minha fraqueza
E a minha fortaleza
Sempre que tou perto de ti
Sinto algo que nunca senti
Quando te afastas apenas o nada
eu sinto Es o meu amor
o meu ardor
Es tu e só o teu ser
Que me dá tudo
Para viver
Contigo sou tudo
Sem ti sou nada

Tão perigoso e insensato
e sublime na verdade.
Delito qual não se realiza sonzinho
e vai se construindo devagarinho.
Se mantem de pequenezas
e possamos fazer dele uma grandeza.`
É ter esperança...
muito além de uma criança.
Progridi o ódio passageiro no coração
e mima sua beleza com um perdão.
Acreditar sempre nele...
porque é o apelo de todas as respostas,
que ele próprio oculta suas perguntas
e formula suas propostas.
É ter o que amar...
e ter o que esperar... haaa o amor!!!

Alento de um sonhador

A atmosfera que te envolve,
atinge tais atmosferas,
que transforma muitas coisas
que te concerne ou cercam.


E, como as coisas, palavras...
impossíveis de poema:
exemplo à palavra conta
e até este poema senti.


É certo que tua pessoa
não me faz dormir, desperta,
desperto para um sonho e,
em sonho sempre a ti vejo


Sempre debruçada na seda
onde vejo tua silhueta,
e da fresta, a pálida lua
ilumina tua pele nua...


Não há contraste, tua pele
entre a prata luz do luar
e tua macia carne nua,
equilíbrio de cor e sedução.


É certo que a superfície
de tua pessoa externa
de tua pele e de tudo
isso que em si tateia.


Nada tem da superfície
luxuosa, falsa, acadêmica,
de uma superfície quando
se diz que ela é “uma seda”


Não é a ternura da pele
a doçura de teus lábios
que a perpetrar diferente,
mas a veracidade do ser


Mas em ti, em algum ponto,
talvez fora de ti mesma
talvez mesmo no ambiente
que ilumina quando chegas


Tua sedução dominante,
abraça o meu carente ser .
Descortina horizontes.
Faz-me grato tua existência.



Capítulo II



Esqueço métrica e rima
sigo o que instinto ensina
pra dizer de um sonho
Que foi real suponho...

Frente à multidão, eu só
e confuso braço agitado
deixei cair a mão
que repousou macia
entre tua macias pernas,
que desapercebida vinha,.
A confusão me entonteceu,
Devia desculpas,
pelo feliz desatino
não me desculpei
Acordado sonhei...
a maciez tua em mim
mesmo por acidente
pude sentir a intimidade
mesmo sem maldade
como desejei fosses minha.
De repente saio da realidade
para o sonho de tesão
volto-me, puxo-a, beijo-te
e sou beijado, um forte abraço
tua boca encontra a minha
teu corpo junto ao meu

loucura de desejo.
Em seguida logo vejo
você que elegante se afasta
só trombou em mim
e o desejo e sentimentos
foram somente meus.
Tardiamente, perdão senhora...
mas se assim procedo
É que só agora te conheço
mas a muito te espero
serás o beijo melhor de minha vida,
ou talvez o pior... Glória e tormento,
contigo à luz do firmamento subi,
contigo fui pela infernal descida
e do teu susto amargo me alimento
beijo extremo, meu prêmio, meu castigo
batismo e extrema-unção, naquele instante
por feliz eu não morri de castigo
incidente bendito e anseio delirante
perpetua saudade de instante.



Capítulo III



Pedi pra dizer de meus sentimentos
falar de tua importância e anseio,
permitisse ao poeta afoitar
ousadia de poeta é amar


Eu te amo
Antes e depois de todos os acontecimentos.
Na profunda imensidão do vazio
e a cada lágrima dos meus pensamentos.


Eu te amo
em todos os ventos que cantam,
em todas as sombras que choram,
na extensão infinita dos campos,
até a região onde os silêncios moram.


Eu te amo
em todas as transformações da vida
em todos os caminhos do medo,
na angústia da vontade perdida
e na dor que se veste em segredo.


Eu te amo
em tudo que estás presente
no olhar dos astros que te alcançar
e em tudo que ainda estás ausente.


Eu te amo
desde a criação das águas,
desde a idéia do fogo
e antes do primeiro riso.
Eu te amo perdidamente
desde a grande nebulosa
amo-te faz tempo, desde agora.



Capítulo IV
Galope do sonhador



Ao olhar mostras a singeleza,
fortaleza sutil e mansa
que debela minha alma.
Açoita meus desejos de macho
égua me conduz a galopes
agarro tuas transas crinas
e tuas ancas em açoites.
Assim, atira-me no abismo,
caio de tua garupa.
A letargia que reprimi
fortalece e conflita
fortalece o homem
e conflita espera.




Capítulo V
Alento do Sonhador
Wine Schneider

Capítulo I
Inspiração Inicial



A atmosfera que te envolve,
atinge tais atmosferas,
que transforma muitas coisas
que te concerne ou cercam.


E, como as coisas, palavras...
impossíveis de poema:
exemplo à palavra conta
e até este poema senti.


É certo que tua pessoa
não me faz dormir, desperta,
desperto para um sonho e,
em sonho sempre a ti vejo


Sempre debruçada na seda
onde vejo tua silhueta,
e da fresta, a pálida lua
ilumina tua pele nua...


Não há contraste, tua pele
entre a prata luz do luar
e tua macia carne nua,
equilíbrio de cor e sedução.


É certo que a superfície
de tua pessoa externa
de tua pele e de tudo
isso que em si tateia.


Nada tem da superfície
luxuosa, falsa, acadêmica,
de uma superfície quando
se diz que ela é “uma seda”


Não é a ternura da pele
a doçura de teus lábios
que a perpetrar diferente,
mas a veracidade do ser


Mas em ti, em algum ponto,
talvez fora de ti mesma
talvez mesmo no ambiente
que ilumina quando chegas


Tua sedução dominante,
abraça o meu carente ser .
Descortina horizontes.
Faz-me grato tua existência.



Capítulo II



Esqueço métrica e rima
sigo o que instinto ensina
pra dizer de um sonho
Que foi real suponho...

Frente à multidão, eu só
e confuso braço agitado
deixei cair a mão
que repousou macia
entre tua macias pernas,
que desapercebida vinha,.
A confusão me entonteceu,
Devia desculpas,
pelo feliz desatino
não me desculpei
Acordado sonhei...
a maciez tua em mim
mesmo por acidente
pude sentir a intimidade
mesmo sem maldade
como desejei fosses minha.
De repente saio da realidade
para o sonho de tesão
volto-me, puxo-a, beijo-te
e sou beijado, um forte abraço
tua boca encontra a minha
teu corpo junto ao meu

loucura de desejo.
Em seguida logo vejo
você que elegante se afasta
só trombou em mim
e o desejo e sentimentos
foram somente meus.
Tardiamente, perdão senhora...
mas se assim procedo
É que só agora te conheço
mas a muito te espero
serás o beijo melhor de minha vida,
ou talvez o pior... Glória e tormento,
contigo à luz do firmamento subi,
contigo fui pela infernal descida
e do teu susto amargo me alimento
beijo extremo, meu prêmio, meu castigo
batismo e extrema-unção, naquele instante
por feliz eu não morri de castigo
incidente bendito e anseio delirante
perpetua saudade de instante.



Capítulo III



Pedi pra dizer de meus sentimentos
falar de tua importância e anseio,
permitisse ao poeta afoitar
ousadia de poeta é amar


Eu te amo
antes e depois de todos os acontecimentos.
Na profunda imensidão do vazio
e a cada lágrima dos meus pensamentos.


Eu te amo
em todos os ventos que cantam,
em todas as sombras que choram,
na extensão infinita dos campos,
até a região onde os silêncios moram.


Eu te amo
em todas as transformações da vida
em todos os caminhos do medo,
na angústia da vontade perdida
e na dor que se veste em segredo.


Eu te amo
em tudo que estás presente
no olhar dos astros que te alcançar
e em tudo que ainda estás ausente.


Eu te amo
desde a criação das águas,
desde a idéia do fogo
e antes do primeiro riso.
Eu te amo perdidamente
desde a grande nebulosa
amo-te faz tempo, desde agora.



Capítulo IV
Galope do sonhador



Ao olhar mostras a singeleza,
fortaleza sutil e mansa
que debela minha alma.
Açoita meus desejos de macho
égua me conduz a galopes
agarro tuas transas crinas
e tuas ancas em açoites.
Assim, atira-me no abismo,
caio de tua garupa.
A letargia que reprimi
fortalece e conflita
fortalece o homem
e conflita espera.




Capítulo V
Crime e castigo de um sonhador



Escuta-me e assim saberás,
o que o amor exprime,
e ao meu desejo clama.
Amo-te e tocar-te é crime,
se não por ação,
mas por aspiração.
Sou criminoso.
És vítima indefesa
de um potencial criminoso,
por mais que tenha remorso
deixar o crime não posso.
Quanto mais te vejo
maior é o meu crime,
mais ardente meu desejo.
Desejo consumir teus beijos,
deitar minha mão sobre teus seios,
fazer-te minha,
entrar nas tuas entranhas....
....................................................
Tua ausência, meu castigo.
Perdoa meu delito,
aquieta-me no teu colo,
deixa que meu coração repouse
junto a teu peito.
Assusta o temor que me aniquila
sufoca minha boca
com tua boca.
Como castigo, mate-me,
mate-me de prazer
antes que eu morra de desejo.











Analogia


Meu doce, mel
Ricamente embrulhado
(elegante vestis).
Papel alumínio revestimento interno.
(Lingerie intima e transparente).
Visão de agradável estima
Faz salivar, abundante enzima.
Desembrulho cuidadosamente
(Tiro lhe as vestis).
Deixo a mostra à cobertura de chocolate.
Tua pele banco,
(chocolate lacta).
A auréola rosada de teu peito
Chocolate ao leite.
Tua calcinha acetinada
Ultima invólucro.
Amostra um bombom
Recheado de passa e leite de moça
Do recheio um néctar
A forma do bombom, majestosa, impar.
Mordo gentil e maliciosamente
Beijo tua boca
Lá o sabor com emoção
Dentro na camada mais profunda
Encontro mel e creme goiaba.
Tua gruta, a casa de chocolate
Maria de Joãozinho
E eu, Joãozinho de Maria.
O fadário a impossibilidade instantânea
Mas com Joãozinho e Maria
Venceremos a bruxa.
Água meus netinhos.
Azeite, senhora velha.









Cobrirás minha face de rosas,
Enquanto meu corpo ainda cálido
Com ansiedade e sofreguidão
Esperam fechar o esquife
Retalharão minhas atitudes,
E no inventario de nefasto
Justiçarão meus atos
Palhaços hipócritas
Esquecidos da própria sorte
Piedosos infames
Esquecem de reverenciar
para em conforto próprio
exaltar minha partida.









O amor que arde em chama,
ardendo chama; ..................
a inquietude da insegurança
afugento o sono,
alonga a madrugada
onde estais que não vejo
vem mata meu desejo
antes que o desejo me mate....







Analogia


Meu doce, mel
Ricamente embrulhado
(elegante vestis).
Papel alumínio revestimento interno.
(Lingerie intima e transparente).
Visão de agradável estima
Faz salivar, abundante enzima.
Desembrulho cuidadosamente
(Tiro lhe as vestis).
Deixo a mostra à cobertura de chocolate.
Tua pele banco,
(chocolate lacta).
A auréola rosada de teu peito
Chocolate ao leite.
Tua calcinha acetinada
Ultima invólucro.
Amostra um bombom
Recheado de passa e leite de moça
Do recheio um néctar
A forma do bombom, majestosa, impar.
Mordo gentil e maliciosamente
Beijo tua boca
Lá o sabor com emoção
Dentro na camada mais profunda
Encontro mel e creme goiaba.
Tua gruta, a casa de chocolate
Maria de Joãozinho
E eu, Joãozinho de Maria.
O fadário a impossibilidade instantânea
Mas com Joãozinho e Maria
Venceremos a bruxa.
Água meus netinhos.
Azeite, senhora velha.









Cobrirás minha face de rosas,
Enquanto meu corpo ainda cálido
Com ansiedade e sofreguidão
Esperam fechar o esquife
Retalharão minhas atitudes,
E no inventario de nefasto
Justiçarão meus atos
Palhaços hipócritas
Esquecidos da própria sorte
Piedosos infames
Esquecem de reverenciar
para em conforto próprio
exaltar minha partida.









O amor que arde em chama,
ardendo chama; .............
Na inquietude da insegurança
afugentando o sono,
entanto a longa madrugada
cutiva os medos...
E tu onde estais que não vejo
vem e mata meu desejo
antes que o desejo me mate....

OS TEUS DESEJOS

É o equilíbrio do teu corpo
A beleza da tua suavidade
Os teus desejos,

A inocência da tua maldade
Que me despertam.
Tu és o símbolo do efêmero

Meu amor.
Pelas convenções sociais
Não és minha.

Não posso te-la
Deram-te a outro
E eu a outra

E eu, monstro.
De lascívia e prazer
Transformei-te noutro ser
Só para minha satisfação.

Não posso, não devo
Continuar o feitiço
Que te lancei.

Tu e eu somos casos especiais
Que procuramos Deus
Nos braços um do outro.



TU FAZES-ME SOFRER TANTO



Tu fazes-me sofrer tanto
Que eu próprio me espanto
Da capacidade de amar.

Nestas dunas batidas pelo vento
Te possuí mil vezes.


Aqui
Te imaginei barco e espuma navegando
A fúria deste mar que todo sou eu.

Aqui
Também tu foste mar, corpo e céu
Confluência de luxuria e prazer.


Aqui
Te largo e abandono desesperado
Cortando as amarras que nos uniram.

Vai.
Foge para longe do pensamento
Não quero mais viver este momento
Contigo não consigo.

Foram demasiados belos os momentos,
Surpresas raras, sonhos impossíveis
Que tu me ofereceste.

E tudo isso que me deste

Fala baixinho

Fala baixo, podem escutar,
Geme e xinga baixinho,
Pra não acordar o vizinho.
Cuidado, a cama está rangendo.
E deste jeito, gemendo,
Vai correr amanhã o boato
Que tu praticaste um ato
Eivado de desacato
À moralidade e ao Direito,
Aos bons costumes e ao respeito.

E a vizinha, com inveja
Da tua simples liberdade
Que ela não consegue ter,
Vai espalhar no condomínio
Que és um ser sem domínio,
Predestinada a morrer,
Que és uma gata perdida,
Por certo ganhas a vida,
Vendendo aos homens prazer,

Não vai ela entender nunca,
No vai e vem da sua vida.
Que a sua vida não é vida,
É obrigação de ser
Qualificada de esposa,
E neste estado ela não ousa
Amar e sentir prazer,
Pois, pela Religião,
Prazer é coisa do Cão,
É coisa pra não se ter,
Prazer é pecado mortal,
O prazer fere a moral,
E as virtudes do "Alto Ser".

A pobre vizinha escuta
Todos os dias no rádio
Que sentir prazer é pra puta,
Que esposa é mulher "séria"
É a féria com que sustenta
Sua vida e de seus rebentos,
Por certo não advém
de estar à disposição
De um homem que a sustém.

O sistema incutiu nela
Que a que está à disposição
De um só pelo seu tostão
Tem o "status" de esposa,
Não se iguala à mariposa,
Que troca o parceiro João
Pelo José ou o Romão,
Desde que lhe pague o pão.

Aprende, vizinha amiga,
Que a tua condição é a mesma,
Tendo até mais privilégio
A outra que está na zona,
Pois esta não tem quem tome
Dela satisfação,
Trabalha o dia que quer,
Ela é bem mais mulher
Na sua situação,
Que uma "esposa" qualquer
Debaixo de repressão.

Mulher companheira, amiga,
O que é o Casamento,
Se não ver teu sentimento
Menosprezado até o ponto
De transformá-lo em documento
Com efeito de sacramento?
Atenta pra encenação
desta imbecil instituição,
Que te põe na posição
De prostituta em ação,
Porém, como já falamos,
Em condições bem piores
Por não teres opção
De entregar teu sentimento
Pra quem ditar teu coração.

Este é o jogo do Sistema
No papel que dá à mulher,
Ou ela é Puta de Arena
Ou Puta de um só José.

Disseste que gostou do poema

Adorei quando disseste que gostou do poema
Eu gostaria de te fazer um poema de rima rica
Que tivesse como tema um amor livre e puro
Embora tenho escrito um poema de amor luz
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre festejos;
Quando luzes, calor, orquestra e flores
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve, e no que vê prazer alcança!
Simpáticas feições, cintura breve,
Tu Mônica postura, porte airosa,
Porem na tão ansiosa que eu pela oportunidade.
darei uma rosa
Ainda es uma flor bela e esperança
Mão es um plena mulher de vigor
Estais ainda crescendo quase uma criança
Mas teu espírito de mulher domina minha existência

Instante mágico

A minha dor serenou
Em um minuto mágico
Ao ver teus a me fitar
Uma faísca de luz fulgura
Teus olhos acendem
Abrindo uma fenda
Que me conduz a tu alma.
Angelical de divina beleza
Instante de magia
Poesia sem palavras
Gestos que rimam
Olhos que falam
Clima que acaricia
Num instante de magia
O vento sopa teus cabelos
Caído sobre os ombros
Que iniciam um suave bailado
A luz filtrada entre eles
Só aumenta a sua luz
Em concordância de beleza
Acrescentamento da luminosidade
Teu rosto acende mais...
Um sorriso lente abrisse
A luz que emanou de teu sorriso
Iluminou minha alma
Como um fluido de pujança
Percorreu meu corpo
Substituiu meu sangue
Acelerou meu coração
Invadiu meu espírito
Trouxe-me a vontade de viver
A pouco perdida ou esquecida
Momento de inesquecível agrado
Palavras não tem a eloqüência
Para noticiar o que dizem teus olhos

teu olhar

O que dizem teus olhos

O teu olhar
Fala-me de solidão
Em certos instantes.
O teu olhar
Fala-me de saudade
E de doçura.
O teu olhar
Fala-me de desejo
E de quentura.
O teu olhar,
Caminhante em mim

amor virtual

Amo-te mais que a uma filha,
Não te proíbo, ou censuro
Mais a uma esposa não brigo
Que a uma namorada não tenho ciúme
Sou teu amigo é um amor diferente

O amor à distância,
Que não se aproxima,
Não toca, não envolve,
Revestindo-se de fantasias
E de idealização.
O objeto desse amor é o ser perfeito,
Detentor de todas as boas qualidades
E sem máculas.
O amor entre amigos
.

O TEMPO

Aqui onde a vida demora posar
E tudo passa devagar bem devagar
Onde as tardes são mornas
Estancando o tempo que pega no tranco
E os dias são longos intermináveis
Porem quando penso no passado
Percebo com foram curto os anos
Parece foi ontem era criança
Mas faz muito não te vejo
Ontem, faz uma eternidade.
De ontem a hoje de saudade
Faz uma eternidade
Isso e tempo pura conversão

Friday, March 13, 2009

crias do valado das palmeira Cha Grande PE

Minha pequena, seu nome é Lua do valado.

Nascida em 14 de novembro de 2008.

Friday, March 06, 2009


Quisera ser o vento,
Pra num açoitai
Soprar teus cabelos,
Num sussurro falar
Baixinho no teu ouvido
Cantar cantigas de minar
Fazer-te dormir,,
Também com o vento
Levantar tua saia,
Roçar entre tuas pernas,
Te acariciar sentir teu carmim
Não seria forte ao estremo
De te amedrontar,
Mas, suavemente,
Envolver seu corpo
Abraçando-a por interei
E ao baixar a saio ser seu prisioneiro,
prisioneiro de seus encantos.
Da magia de teus olhos
Verdes suponho,
De brilho inconfundível.
Assim, como vento
Um dia te abraçarei
Assim, quando o vento
Sopram teus
Procura escutar
Ele mensagem minha
E quer te contar